quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sufoco/Baseado em fatos reais


Imagine-se nervoso.
Agora imagine-se mais nervoso, e aumentando o nervosismo.
Suas mãos estão ficando suadas, você está começando a sua frio, sua respiração vai ficando acelerada, seu pulmão vai se expandindo cada vez menos, como se você estivesse sufocando. De repente, para piorar a situação, o enjôo começa. Você não comeu nada, mas sente que algo quer sair.
Então você vomita, e de repente toda aquela adrenalina que estava correndo nas suas veias, fazendo você suar frio, respirar mais rápido e se sentir pressionado some.
Imagine essa situação toda vez que você tem que comer em um restaurante, no shopping, na cantina do colégio, em qualquer lugar fora da sua casa. Imagine essa situação toda vez que estiver em algum lugar super fechado.
Vamos piorar um pouco a situação? Sim, dá pra piorar. Toda essa situação é notada pelas pessoas ao seu redor, certo? E se as pessoas ao seu redor te conhecessem e te vissem todo dia? E se você ligasse para o que elas pensam? Piorou agora?
Você tenta de tudo, respirar calmamente, olhar pro céu, pensar em coisas boas.. Mas nada funciona. Então, já que nada funciona, a única coisa a se fazer é vomitar. Olha-se ao redor a procura de um lugar para isso, um banheiro. E se não tiver um banheiro ou lugar para se "relaxar"? Como em uma sala de vestibular, onde só é possível sair dela após TRINTA MINUTOS que você entrou.
A situação não está ruim o bastante, ela tem que piorar. Seu braço direito começa a ficar dormente, então além do medo de vomitar o medo de ter uma parada cardíaca também existe. Lembre-se: você está com o coração a mil por hora, pulsando como se fosse um rinoceronte louco dentro do peito.
O braço esquerdo começa a ficar dormente também. Vamos contabilizar: suor, frio, enjoo, pressão, respiração hiper rápida, pânico, e dormência generalizada.
Alguém aí desmaiou?

Não.

De alguma forma foi liberada a saída da sala. Você pode sair quando quiser. As pessoas a sua volta não estão nem aí pro mundo, ou seja, a pressão diminuiu. A adrenalina abaixa, o suor cessa, a dormência passa e sente-se o calor do sangue voltando para os membros superiores. A respiração vai acalmando e assim tudo volta ao normal.
Tudo está bem agora, como se nada tivesse acontecido. E está feliz, porque acabou.

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