quinta-feira, 1 de julho de 2010

Presente de (véspera de) aniversário/ continuação


Uma amiga minha me dizia: 2010 será o ano do amor para os piscianos. Para falar a verdade, nessa época nem 0,1% de mim acreditava nisso. Dia 31 de Dezembro, que era para ser o primeiro reveillon namorando, foi uma terrível meleca (essa história eu conto depois), então eu não acreditava muito nessa previsão.
Meu aniversário estava chegando e eu estava afim de uma menina, que vamos apelidar de Vivi, porque é o apelido dela de verdade xD. Eu já havia conversado com alguns amigos em comum sobre o estado civil dela e ela estava vagando em minha mente como uma boa possibilidade. Eu a conhecera a 1 ano atrás, quando ela repetiu e entrou na minha turma. Fizemos a primeira aula prática de orgânica daquele ano juntos (uma prática meio incomum pois fizemos várias besteiras), o que seria o primeiro de muitas artimanhas do destino. Eu a achava bonita, engraçada, inteligente, com um ótimo gosto musical e com uma coisa que eu admiro bastante: a altura. Até antes da Vivi, eu só tinha namorado meninas bem mais baixas que eu e, não é que eu esteja reclamando delas, mas eu queria ficar com alguém de altura mais parecida comigo para ver como é. Mas, como eu dizia, eu estava afim dela. Ela tinha qualidades que eu apreciava numa mulher e era minha amiga, ou seja, se eu ficasse com ela ótimo, se não, eu conseguiria remediar.
Pois bem, na véspera do meu aniversário houve a festa de aniversário de uma outra amiga minha, que vamos apelidar de Paulinha pelos mesmos motivos de antes. Paulinha é a melhor amiga da Vivi e logo que soube que Vivi estaria lá pensei na frase que me disseram a 3 anos atrás: Oportunidade é um careca de topete, você pode nunca mais vê-lo.
A festa começou bem (Vi² havia me trazido um presente de sua viagem a Maceió) e foi ficando melhor pois tocavam músicas legais, muitos amigos meus estavam lá (alguns que eu não via a muito tempo) e rolava um Guitar Hero maneirinho.
Eu ficava variando entre GH e pista de dança, e numa dessas variações é que eu me dei bem. Estávamos todos cantando e pulando, quando de repente deu uma louca em todo mundo e todos começaram a pular e gritar e dançar e rebolar e se abraçar. Como vocês podem ter percebido depois de uma mini aventura dessas a maioria das pessoas foi se cansando e se dispersando da pista e isso era uma coisa boa (leia-se oportunidade boa). Vivi estava lá dançando um pouco cansada, linda (pra variar) e melhor ainda: sozinha. Eu estava tranquilo e decidido a tomar uma atitude, então antes que o careca topetudo corresse de mim eu fui lá e falei no ouvidinho dela: Vivi, quer ficar comigo?

(Tensão aumentando)
tá vou continuar a história..

... e falei no ouvidinho dela:" Vivi, quer ficar comigo?". Ela respondeu:
"Ahh não sei"
Eu esperava um sim ou um não, mas nunca um não sei. Então como cara baladeiro de carteirinha que sou segui a regra número 3: Não é talvez e não sei é sim.
Essa parte da história é a melhor então vou descrever do jeito que aconteceu e na minha visão.

Vida real:
Eu peguei em seus braços, finos e delicados, como se fosse uma boneca raríssima que não se pode ter arranhão algum. Levei-a até a parede mais próxima, como se estivesse a conquistando a cada passo que cada. Olhei em seus olhos, castanho claros e que transmitiam a inocência e felicidade que todos desejam ter, e a beijei. Seus lábios tocando nos meus foi o encontro mais elétrico e encaixável que existe. Naquele momento eu soube que queria ficar ali, para sempre em seus braços.

Visão do Gut:
Muleque, quando ela disse "ah não sei" eu ouvi um: vem, me beija. Peguei ela no braço, como se capturasse um tesouro, encurralei na parede, como um leão encurrala uma gazela, e a beijei como se fosse o último beijo que receberia dela. Foi sensacional.

Depois desse beijo eu olhei nos olhos dela e perguntei: "Vivi, por que você disse não sei?" e ela respondeu: "porque eu não acho que a gente tenha um futuro juntos, e eu não queria te fazer sofrer". Logicamente eu tentei fazer ela mudar de idéia, mas ficamos decididos a ser só amigos.
Senti como se tivesse agarrado o tal do topete, e quando o fiz descobri que era do Silvio Santos, ou seja, falso. E isso me remoeu por dentro, de tal maneira, que só vou explicar depois xD

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