quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dia 6/11/10

Bem, amigos que irão fazer ENEM... sim, meu sábado podia começar assim que não haveria estranheza. O ENEM é um teste psicológico e físico, pelo menos pra mim. Como se já não bastasse ter de ficar 4 horas sentado fazendo uma prova, outros fatores ainda ajudam a atrapalhar este momento místico do adolescente brasileiro.

Dia 6/11/10

Acordei cedo, estava tranquilo. Bem diferente do ano passado, onde fiquei tão nervoso que fiquei enjoado e tenso, e acabei esquecendo de por um título na minha redação. Por isso tive que fazer de novo esse ano, mas como águas passadas não movem moinhos.. Tomei meu banho, me arrumei, almocei e esperei meu irmão ficar pronto para juntos fôssemos fazer a primeira prova do ENEM. Aí começa meu ENEM. Meu irmão demorou 1 hora para se arrumar e com isso saímos de casa meio dia para fazer prova 1 hora da tarde. O caminho é rápido normalmente. Mas não era um dia normal, e eu ia descobrir isso da pior maneira.

Fomos de carro pelo caminho rápido e... engarrafamento. Passamos 15 min na mesma rua até que meu pai decidiu entrar num atalho. Aí um caminhão da coca cola quebra na nossa frente. Ó destino, porque me testas? Decidimos voltar e pegar o caminho normal e.. mais engarrafamento. O resultado disso foi que faltavam 15 minutos para o portão da veiga fechar e eu estava a 4 quarteirões de lá. Então, num ato de bravura disse: pai, leve meu irmão que eu vou correndo (eu pensei voando, mas disse correndo)! Saltei do carro e corri. Eu não só corri, porque foi uma corrida diferente. Por que você corre? Para pegar o onibus? Para pegar o metro? A corrida para não se atrasar num concurso é bem diferente. Você já tá nervoso ao cubo, correndo, sem ar e pensando: se eu parar para descansar vou ter que fazer ENEM ano que vem. E com esse pensamento corri. Quando estava a dois quarteirões da Veiga eu parei um taxi e pedi que me levasse. Ele disse: não dá, tá tudo engarrafado. Era verdade. A rua estava lotada e nada andava. Aí ocorre um fato curioso. Todos os carros engarrafados estavam quietos e pacientes. Quando eu passei correndo todos começaram a businar, como se eu tivesse relembrado a eles que o tempo era curto. De repente, todas as portas dos carros se abrem e uma multidão de adolescentes começam a correr atrás de mim! Eu tomei um susto porque aquela cena me lembrava muito o filme Forrest Gump. Finalmente quando chego na Veiga olho para o celular e vejo que ainda faltavam 4 minutos para fechar o portão. Eu quase chorei de alegria, mas não tinha tempo pois ainda não estava na minha sala. A fiscal me pediu calma até de tão eufórico e ofegante.
Uma aventura assim, deve ser comentada com todos. Eu pelo menos nunca vou esquecer isso.